A Astrologia Enquanto Caminho de Busca da Individualidade Perdida





A todo momento, podemos observar com nosso olhar atento, a uma grande busca de sentido em relação nossa existência. E de alguma maneira, podemos nos questionar se esta busca é tão atual assim ou se historicamente já ocorreu em outros momentos do desenvolvimento da humanidade.

Quais as motivações que nos levam em direção a esta procura?

O que será que nos falta,  o que faz com que o nosso senso de identidade se perca? Como é que o individual e o coletivo se articulam no meio disso tudo? Restringindo ou ampliando as reflexões?

 Existe a necessidade de um projeto de vida para que o indivíduo possa transitar dentro e fora de si mesmo. A falta de vínculos que frequentemente ocorre e permeia as relações é responsável por esta busca? As questões que conseguimos responder parecem ser afirmativas.

O homem moderno vive a sua demanda pelas práticas místicas e demonstrando claramente a necessidade de um mapa exterior que lhe mostre seu interior, tão pouco conectado consigo próprio, movido pelas atribulações e questões mais imperativas da sobrevivência.

Nossa sociedade abusivamente imediatista faz com que o poder de reflexão tenha se perdido no meio de indagações ilusoriamente mais relevantes.

Hoje, vivemos num mundo que valoriza a individualidade e vivemos o tempo todo entre uma guerra de estímulos internos e externos.

O mundo urbano proporciona um tipo de consciência diferente do homem rural, por exemplo. O homem da metrópole não tem raízes, é dotado de grande intelecto e de um progressivo afastamento dos seus sentimentos. O mundo urbano,  valoriza a inteligência, que acaba por servir de escudo às inúmeras violências que o homem que nela vive, acaba por se sujeitar. Tudo é equacionado matematicamente, as relações passam a existir a partir de interesses econômicos e impessoais. A maioria das pessoas segue em frente sem muitas vezes se dar conta dos prejuízos que habitualmente sofrem.  

Num determinado momento vão se robotizando e param de reagir aos infinitos estímulos a que são expostas diariamente. Para sobreviver a tudo isso adotam um comportamento negativo, de reserva, como se pudessem se anestesiar do que tanto as agride enquanto indivíduos. O espírito da objetividade se sobrepondo ao espírito da subjetividade.

Porém, compreendemos que apesar desta  anestesia  a que o homem das grandes cidades vai se sujeitando, existe nele um desejo enorme de recuperar o seu eu, a sua individualidade. E é este desejo que faz com que busque  respostas e enfrente confrontos que o tragam de volta para dentro de si mesmo e da unidade perdida, sendo a Astrologia enquanto instrumento de autoconhecimento, um dos caminhos férteis a serem percorridos nesta direção.

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