Após meses de Retrogradação, seguimos.
Tudo começa a se tornar mais claro, a neblina diminui e passamos a enxergar as coisas mais como de fato são do que como desejaríamos que fossem. Mas falar de Netuno é sempre falar de situações difusas.
Netuno, quando está Retrô, é feito mastigar nuvem.
Netuno estimula a energia sutil, que permite comunicações e compreensões a um nível que supera as barreiras da matéria, criando fios condutores rumo à sabedoria do que é essencial.
Já em outro nível de consciência muitos vem se posicionando de maneira mais efetiva diante dos seus conflitos, com um foco maior na responsabilidade em relação às suas atitudes, enfrentando o que desconhecem ao próprio respeito com mais humildade e curiosidade.
Como se fosse o chamado para uma grande aventura ao encontro de si mesmo e de seus dragões adormecidos.
Netuno também tem a ver com epidemias, problemas de saúde que escapam do nosso controle, erros de diagnóstico. E qualquer coisa latente se manifesta com mais disposição a partir do movimento Direto. Administrar as possibilidades de contágio através de medidas comprovadamente eficientes faz parte do cuidado com a própria vida e com o coletivo.
Não é mergulhar e paralisar na paranoia, mas sim investir na consciência, exigida mais do que nunca.
Netuno é feito aquarela que se espalha no papel, insinuando caminhos. Quem tem ênfase na energia pisciana, seja por Sol, Lua, Ascendente, ênfase de Casa XII, potencialmente sentirá uma boa diferença no fluir das coisas.
Qual foi a sua grande percepção nestes meses que se passaram? O que mais questionou? E em relação aos seus sonhos?
Netuno é embriagante, sedutor, tonteia gente grande. Não busque solo firme onde ele se encontra, este definitivamente não é o seu propósito e tampouco a sua energia.
Netuno, regente dos Peixes, para onde retrogradou de julho até agora, é o planeta ligado ao inconsciente, sonhos, espiritualidade, criatividade, religiosidade, fé.
Nada é óbvio, trata-se de véus que vão se descortinando na medida em que questionamos e atingimos a profundidade, presente no que nem sempre é visível. Ilusões e suas consequentes desilusões machucam. É assim com tudo o que nos aliena.
O coletivo precisa de muita atenção, e este período pós revisão netuniana pode ser um imenso e responsável chamado em relação a nossa espiritualidade, compromisso com o social e momento de baixar bem as expectativas envoltas em idealizações.
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