Nesses tempos em que a bola da vez é o desapego, rever crenças, transformar, e segue a lista, tenho algo a dizer. 

É preciso atenção, senhoras e senhores, para não darem um lupping no cérebro e nos convencermos simetricamente do que aquilo que nos tonteia, por endorfinas, seja real.

Segue comum exemplo.

Até aqui a comunhão de corpo e alma com o outro, era soberana. Intimidade que simplesmente aconteceu a partir de um primeiro olhar. Isso posto, tudo seria possivel. Deixando de escanteio questões da personalidade e claras impossibilidades da convivência. 
A alma e a intimidade obviamente seriam suficientes e acordado estava.

Mesmo já tendo sentido na memória de cada célula que isso é verdadeiramente possivel, que seja pelo excesso de serotonina que surge nas horas menos adequadas, bate uma crença de que tanta vida depois, agora poderia ser diferente. 
Porque não acabou, não vai acabar nunca, sabemos.

O fato de ter ficado muito tempo na chuva, ao relento emocional, já importa menos. 

O abraço que tanto pediu e que passou em branco, sem sequer ter arriscado te ouvir, não aconteceu. Nem seu destempero, nem sua dor. 

Mesmo que isso significasse para vc parar de respirar ou sentir vida novamente. Você deixou claro o tanto quanto pode.

Vejam bem, falo de abraço, de conversa, de olhar. E da indisponibilidade absoluta daquele que você sentiu pertencer à sua grande história de amor, interessado apenas em se salvar.

Pare. Reconte-se. Revisite a dor que levou tanto para te dar trégua.
Os seus sentimentos escorrendo na chuva sem o abraço salvador. 
Só isso era preciso. 
O abraço salvador e um pouco de cuidado para seguir em frente.

Coisas acontecem, todos mudamos, somos afetados.

Estamos em meio a imensos eventos celestes. 

Tudo pode evoluir, se desenvolver, ser parecido com o que seu coração diz. 

Mas também pode ser Maya, a deusa da ilusão sussurando em seu ouvido. Ou não.

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