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LIBRA E O ENCONTRO COM O OUTRO





O encontro com o outro nos faz sair de nossa interioridade e diversificar, ampliar e experimentar universos.

Através do outro, nos descobrimos.  O olhar engrandece e torna-se mais generoso através das diversidades que vivenciamos, do inusitado que nos surpreende nas mínimas coisas.

Percebemos nuances que a solitude pode obscurecer. Ah, como o encontro nos revela...

Vênus, senhora dos amores, instiga na direção do belo, alimenta a troca, estimula a harmonia e o que é justo através da eterna busca pelo equilíbrio.

Amantes da paz e da harmonia acima de qualquer coisa os librianos necessitam da aceitação alheia. Sua natureza diplomática, idealista, romântica e refinada se contrapõe a uma grande indecisão que frequentemente se encontra presente em suas vidas. Há certo rancor quando não se sentem reconhecidos em seus gestos gentis e solícitos, certa tendência a serem facilmente influenciados e sua imensa credulidade, que os torna oscilantes.

Refletem até a exaustão sobre todos os lados possíveis a serem observados e analisados numa questão para só depois decidirem qual o melhor a ser adotado. A opinião alheia tem um grande peso para eles, por isso, sempre que possível devem tentar desenvolver suas próprias convicções já que não é difícil se confundirem quando se encontram frente a mais de uma possibilidade.

Os librianos em geral costumam “apaixonar-se pelo amor”.  Sua avidez por companhia é tão grande que podem precipitar-se em direção a um relacionamento para decepcionar-se em seguida. A confiança no amor e a questão do conhecimento pleno do outro é um longo caminho a ser percorrido para que possam viver concretamente e não apenas no mundo das ideias os relacionamentos amorosos que tanto acalentam sua alma.


QUANDO A LUA VIROU DO AVESSO ou SOBRE A MATERNIDADE






Há quase um ciclo de Saturno atrás, germinou em meu ventre uma lua com olhos da cor do mar em dias de chuva.

Saiu chorando um fado, ou quem sabe uma ópera, para quem quisesse ouvir! Foi tudo muito rápido e urgente, mas eu sabia que estava tudo bem, apesar dos seus quase inexistentes sinais antes de nascer.

Só parou seu lamento, quando finalmente a trouxeram para que nos víssemos  pela primeira vez, embrulhada num papel alumínio, toda futurista.

- "Ô filha, por que você está chorando?" 
Imediatamente, como num milagre, parou e nos olhamos através de um amor definitivo. Naquele instante eu soube quem era ela para mim e conservo a imagem e a sensação daquele momento como se tivesse acontecido há  minutos.  

Esta palavra filha, a primeira que ouviu de mim, até hoje parece ter um efeito mágico. Se eu disser esta palavra dez vezes, dez vezes ela vai dizer o quanto  gosta que eu a chame assim, dez vezes seu sorriso será ainda mais doce e seu olhar mais emocionado. 

Minha pequena nasceu logo de manhãzinha e o espaço celeste estava mergulhado em águas de intensa energia lunar.

Vivia feito cigana, com ela no meu colo, que parecia naturalmente  se adaptar àquele ser na medida em que crescia. É vivo ainda este colo, assim como a lembrança dos passeios de carrinho, mais tarde de mãos dadas comigo pela rua e depois eu andando  sem ela nem no colo, nem no carrinho, nem de mãos dadas, quando foi para a escola. Foi como ter que redescobrir o meu corpo a partir desta primeira separação.

Sempre fomos emocionalmente muito sintonizadas. Embora eu fosse muito atenta e devoradora de informações, minha intuição sempre saía na frente e acabava por arrematar as decisões necessárias.

Naturalmente, nós mães, oferecemos o que nos faltou lá atrás na nossa infância e de alguma maneira este exercício parece nos curar lentamente. 

Mas às  páginas tantas, lá na frente da vida, percebemos que há muito mais do que o que já nos parecia esplendidamente grandioso. Precisamos olhar para muito além disso, ainda não sei bem como, pois me parece que só compreendemos certas coisas depois de tê-las vivido.

Ser mãe, de alguma maneira, também é expor e acolher nossa Criança Interior  a todo amor, dores, dúvidas, reflexões e transformações  que ficaram perdidas em algum lugar dos porões da nossa alma. 

 Sinto que não podemos perder o foco no horizonte. No sentido de que é preciso avaliar não apenas a nutrição que nos parece adequada naquele momento, mas saber diferenciar se o que  conforta naquela hora poderá se transformar em força ou fragilizar.

Toda essa função lunar é infinita assim como os sustos, as surpresas, os transbordamentos de alegria, de conexão perfeita com o universo.

Existem necessidades que se revelam muito depois. Quando uma e outra, mulheres, percebem e aceitam o inevitável convite de que a transformação desta parceria, assim como de outras, é imperativa sempre. 

A construção da maternidade é contínua e viva. É coração batendo forte, é delicadeza, crises, desespero, visão turva, humildade, disposição, entrega e  encantamento diante deste processo.

E para isso, precisamos cuidar de nossas feridas, compreender nossas emoções profundamente.  Ter clareza e entendimento incansavelmente desfiados durante o exercício do viver.

O amor suporta com bravura as crises e se fortalece ainda mais a partir delas. 

É como se entregar ao desconhecido abismo, gritar seu terror, sua insegurança, para então começar a flanar e a voar, e a se movimentar com a liberdade de quem leva dentro de si, toda a poesia experimentada.

É ÁRIES CHEGANDO, CORAÇÃO BATENDO FORTE!





… E naquela manhã Deus compareceu ante suas doze crianças e em cada uma delas plantou a semente da vida humana. Uma por uma, cada criança deu um passo à frente para receber o Dom e a função que lhe cabia.
“Para ti, Áries, dou a primeira semente, para que tenhas a honra de plantá-la. Para cada semente que plantares, mais outro milhão de sementes se multiplicará em suas mãos. Não terás tempo de ver a semente crescer, pois tudo o que plantares criará cada vez mais e mais para ser plantado. Tu serás o primeiro a penetrar o solo da mente humana levando Minha Ideia. Mas não cabe a ti alimentar e cuidar desta ideia, nem questioná-la. Tua vida é ação, e a única ação que te atribuo é a de dar o passo inicial para tornar os homens conscientes da Criação. Por este trabalho, Eu te concedo a virtude do Respeito por Si Mesmo.”

E Áries, silenciosamente, voltou ao seu lugar.
(Original de Martin Schulman – Karmic Astrology: The Moon’s Nodes and Reincarnation, 1977)


Áries é o primeiro sopro, a primeira respiração, a primeira olhada para a vida fora do ventre materno.



Mergulha de cabeça em tudo o que faz. Não tem meio termo, quer ir para a ação, criar e tomar a iniciativa. Tão logo uma ideia surja, ele quer colocá-la em prática. Refletir? Ah, mas que bobagem! Quer mais é fazer as coisas acontecerem através da ação que consome rapidamente sua praticamente inesgotável energia física e mental.



A luta não gera o menor temos nos arianos, pelo contrário, é uma necessidade imperiosa da sua personalidade. Sem isso, teremos um guerreiro completamente entediado, uma flor murcha.

Áries precisa fazer as coisas à sua maneira. Não funciona bem nas parcerias em que tenha que se adaptar ao ritmo do outro. Empreendedor que é, realiza ideias com rapidez e eficiência, pronto para a próxima empreitada.

Obstáculos são para serem contornados e adversidades enfrentadas com entusiasmo. Sua impaciência e competitividade podem acabar por torná-lo imprudente, mas seu entusiasmo incontrolável deseja simplesmente seguir em frente em busca do novo, do ainda não experimentado.

Apaixonado pela conquista e pelo romance, precisa da chama do seu coração vibrante, caso contrário, não vê o menor sentido estar em determinado relacionamento.

A atividade física, a movimentação em si é fundamental para que canalize positivamente sua energia, caso contrário, o lado irritadiço, explosivo e agressivo da sua natureza dá as caras. Não guarda ressentimentos, porém, sua ação por vezes exagerada para os menos calientes, costuma deixar rastros por onde passa.

Regido por Marte, o Deus da Guerra, o que não lhe falta é coragem. Coração e ação em sintonia e com ousadia frente às lutas que a vida apresenta.

Suas atitudes são claras, transparentes, leais e estão constantemente ávidos por descobrir e redescobrir a vida.


Um ser sempre disposto a lançar sua flecha que transpira paixão e a lutar o bom combate.

Para Áries, comedimento é a personalização do tédio! Projetos e  compromissos, envolvido em tudo o que faz o seu coração bater mais forte, precisam de um grande ideal e da ação heroica! Simplesmente precisam salvar princesas encrencadas com seus dragões.

Borbulhando entre lembranças, sensações e exaustões, escrevi este texto inspirada nos seres arianos pelos quais fui loucamente apaixonada.