OLHA PRÔ CÉU TERÇA, 13.

 






Falarmos sobre a tensão que paira no ar é como chover no molhado. Quem é que não sente e sabe que a pressão está intensa, mas que mira a um outro estado de evolução?
E isso, considero bem importante. Não perder de vista que tudo é parte de um processo e não de uma fatalidade diante da qual não podemos nos posicionar e tampouco lutar.
Para isso, não podemos deixar que o propósito maior seja abafado por um clima alarmista, como se nos restasse apenas a passividade. Simplesmente porque não somos condenados a ela. Mas cabe a cada um fazer a sua parte, fato sabido desde muito. Fazer no pequenino que seja, transformando o gesto, o olhar, a palavra, a leitura, o que nos nutre.
O Sol libriano quer acordos, mas neste momento, é mais difícil que ocorram, pois Marte, o Deus da Guerra se encontra em polo diametralmente oposto. Mais um cabo de guerra.
Existe tensão, disputa, bloqueios e assim será a semana, pois logo mais o confronto também acontecerá com outros titãs.
Nada nos resta? Passividade? Só se for por escolha, pois não há falta do que fazer.
Por exemplo, sexta temos a Lua Nova em Libra. E se chegarmos lá tendo definido melhor o que de fato é necessário e o que está com prazo de validade vencido (atitudes, relações, hábitos, escolhas, projetos etc.) teremos o novo a ser semeado.
De que maneira quer cuidar e orientar sua vida daqui para frente? Quando chegar a hora em que os acordos se tornem possíveis, do que pode abrir mão e o que é inegociável?
É preciso estratégia, inteligência, conhecimento das emoções. De que adianta sair colocando fogo no mundo? Existem estragos, que são irreparáveis.
Sempre existe uma maneira alternativa em relação às nossas posturas sem que precisemos renunciar aos nossos valores.
Podemos lançar labaredas, palavras cortantes, mas qual o resultado? Qual o alívio a não ser a descarga de energia imediata? E aqui fala alguém a quem até pouco tempo atrás não custava muito lançar labaredas junto com palavras indignadas, de lâminas afiadas. Flambando mesmo!
A indignação segue e o fogo idem, mas tenho tentado muito, que ele se transforme em combustível que não feche portas e sim mantenha a possibilidade de diálogo aberta.
Considero este o grande aprendizado que venho tendo. Identificar onde o solo não é fértil após infinitas tentativas e simplesmente ir embora com menos barulho. Não fazer mal uso da minha energia. Soltar o que não tem mais sentido.
O Sol em Libra não quer guerra com ninguém, mas Marte está sempre em prontidão. Qual luta vale a pena? Qual apenas é desgaste e destruição?
Não devemos esquecer que existem minas armadas para os distraídos, os impulsivos. Mas também existe a possibilidade da sutileza que busca a cura.
O que o mundo levianamente propõe, geralmente é o guerrear. Mas temos a opção da construção da paz em nossas atitudes, lutas, escolhas.
O desejo de paz também gera tesão, adrenalina, planejamento, vontade de ir à luta, garras afiadas, mas focando a transformação e a construção.
A destruição, a falta de ética, o egoísmo, a inconsciência, a existência do outro, espero eu, poderão ser dissolvidas e ofuscadas em grande parte pela consciência, pelos ideais claros, pela responsabilidade em conhecermos e assumirmos os nossos direitos, pelo incansável que nos toma quando acreditamos que um mundo mais justo é possível. A boa luta existe, cada um que acredita nela, precisa se aproximar cotidianamente desta possibilidade.
O que tem de ser, tem força. E não posso compactuar com a ideia de que “o mundo é assim mesmo.”
Ele não é, não existe para isso e a esperança nutrida de consciência, pode nos levar para um outro lugar.
Assim sendo, os próximos dias são potencialmente pesados sim. Mas podemos nos colocar de outra maneira diante disso. É preciso cuidado, muito cuidado. Mas temos muito a fazer ao invés de nos trancarmos inertes no quarto do pânico.
Respire e tente oxigenar seu medo.
Amém nóis tudo.
Mônica

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