O UNIVERSO E O NOSSO UMBIGO

 




O UNIVERSO E O NOSSO UMBIGO

Existem aqueles que acreditam que o fim, qualquer que seja ele, justifica os meios. E que através da violência, podem impor a outros os seus valores, convicções e crenças.
Crenças estas que não traduzem, em sua grande maioria, o pensamento de quem supostamente imaginam que representem, através de seus atos ameaçadores, onipotentes e descontrolados.
O fanatismo castra a tolerância, a diversidade, a democracia, a liberdade. E nos impõe a incredulidade, a dor, a raiva, o não saber o que fazer. Faz parte da natureza humana desde que o mundo é mundo.
Mas por que é tão difícil abrir outro caminho? Por que a força de tanta rigidez e cegueira para alternativas simplesmente humanas e obviamente justas, consegue se impor também diante de consistentes consciências vibrantes, estruturadas, vitais e plurais?
Em qual momento se corre o risco da exaustão e desesperança nos distanciarem de nós mesmos?
Situações como esta se repetem, cada uma com uma roupagem diferente, mas todas tem como coluna dorsal, o pensamento obtuso, enlouquecido e tudo o que ele arrasta por onde passa.
Se nos deixarmos levar pela desesperança, nenhuma semente do que acreditamos, vingará. E com que direito podemos insinuar aos nossos filhos e aos pequeninos que estão chegando, que a falta de dignidade é vencedora, que fomos massacrados e aniquilados interiormente por esta violência e que nada mais há a fazer a não ser aceitar a sequência de repetitivas derrotas?
Precisamos espalhar sementes de esperança, incansavelmente.
Precisamos estimular esta discussão nas escolas, em casa, nas nossas relações amorosas. Precisamos relembrar, que a violência é construída através de pequenos gestos cotidianos, que passam praticamente despercebidos. Precisamos despertar e desenvolver a crítica e a atenção.
Precisamos gerar condições que nos permitam a ampliação desta consciência em grande escala.
Como? Não sei. Mas não perco a esperança em descobrir e acreditar, do fundo da minha alma, que o mundo possa se tornar um lugar melhor para se viver. Essa busca, é para dia sim e outro também. Não podemos perder nenhuma oportunidade.
Estamos em transição planetária e humanitária e este é o momento de escolher quem queremos ser, que mundo vamos construir e viver.
O verbo para esta ação, se chama esperançar.

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