"DIA DOS QUE ESTÃO EM OUTRAS DIMENSÕES"

 

"DIA DOS QUE ESTÃO EM OUTRAS DIMENSÕES".

Para mim, rituais sempre concentraram sentimentos, nos colocando em contato com o que de alguma maneira, fica pulverizado em nosso cotidiano. 

Só que de uns anos para cá, não mais. Agora, é como se fosse tudo junto e misturado, tudo logo ali. 

Como se vivesse presenças que encontram-se em frequências  e densidades diferentes mas que mesmo assim podem coexistir com naturalidade no "entre mundos".

Tenho os que já seguiram sua evolução rumo a outras dimensões verdadeiramente muito presentes. Entendo como existências em outra frequencia. 

Embora tenha consciência plena que o grande público possa duvidar da minha sanidade, é muito natural, é fluxo. 

Fato: nunca fiz ou deixei de fazer absolutamente nada tendo a opinião de outros como referência. Não porque não os respeite, mas porque acho mesmo que somos autores e responsáveis pelo que escolhemos viver. 

Sinto-me protegida também pelos meus animais que já se foram. 

Me sinto amparada pelas histórias, que sinto como um grande bordado que vai agregando elementos.  Sonhei muito pouco com as pessoas que caminham por outros espaços. 

Com um dos meus animais tive um sonho absolutamente simbolico e que sossegou meu coração. E por duas vezes, experiencias loucamente palpáveis. 

Oro e agradeço quando a dor física não se faz presente. Sussurro que está tudo bem, para soltarem e seguirem.

Há quem diga que tem até receio de me ter por perto quando estão com um simples resfriado, pois já vou recomendando o desapego da matéria.

Nascer, morrer, transformar, renascer. Muitas e muitas vezes em uma mesma vida, sem que necessariamente, a Grande Dama peça-nos companhia. 

Tenho pensado muito no tempo, Saturno é grande companheiro no meu Céu de nascimento. 

Quanto mais ele se movimenta menos ficaremos por aqui. É um raciocínio lógico num assunto que de lógico não tem nada, eu sei. 

Mas a partida das pessoas que chegaram antes se torna mais frequente e com isso também a possibilidade da mudança energética do nosso próprio  desenvolvimento vai se aproximando. E até outro dia eu mal tinha percebido ou sentido assim forte.

Enfim, falo de uma dança presente na vida, que tenho observado e na maior parte das vezes está tudo bem.  

A energia cósmica não se esgota e nossa alma segue.  

Reverencio a VIDA e seus ciclos, feito amores que atravessam qualquer contagem na ampulheta e também quem se comporta como ficção. Não estamos nem perto de entender o básico de tanto mistério. 

Estas diferentes dimensões do espírito e da matéria, que convivem com intensidade e harmonia, apaziguam o meu coração e a minha saudade, quando me atrapalho toda com minha Criança Interior, que constantemente sente-se ao relento. Quando me escapa o saber de que estamos eternamente juntos e misturados. 

Estes assuntos se tornaram figurinha fácil por aqui. Minha mãe já me perguntou algo do tipo: "Mas como você ficou assim, como acredita em tudo isso?". E eu digo que não é acreditar, é visceral, eu sinto naturalmente.

Ela, por sua vez, começa a cogitar algumas possibilidades a esse respeito, mas apenas porque confia em mim. Rs* 

E apesar de todos os pesares, e de certa tranquilidade em relação aos ciclos da vida, meu Céu tem basicamente Terra em Casas do Elemento Água. Isso significa que se me sinto pântano posso ficar imobilizada pela dor, em modo economico de energia, em quietude e solitude. 

E me autorizo, considerando saudável reconhecer do que dou conta ou não. E estabelecer acordos. Há uns dois anos atrás, numa mesa comprida de almoço cheia de pessoas amadas nem sei ao certo o que puxou o assunto da vez, perguntei para minha mammis poderosa: " Se por acaso vc for antes de mim, ficaria muito chateada, se eu não te acompanhasse nos finalmente dos rituais pós passagem? Mãe, a principio não quero dar conta disso". 

Mammis tem uma qualidade inesgotável: não cria problemas. E do alto dessa caracteristica preciosa me respondeu: " Ô minha filha, vc acha que com isso eu vou duvidar do seu amor por mim?" 

Mônica

Nov. 2025