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Várias pessoas me perguntando coisas do tipo: "Mas de onde você tira essa idéia de falar em esperança numa hora destas? Com tudo ruindo?"
Vejam bem, sou da espécie da cabra com rabo de sereia, Capricórnio. Sonho todos os sonhos, mas os desejo reais. Meus sonhos não são da capri típica. Minha relação com a busca pela segurança que o mundo material dá, sempre foi de raspão, pq pensei a minha vida de modo ligeiramente equivocado nesse quesito e tá tudo bem. Não tem tanta importância assim, pois os meus desejos são de outro universo e eles sim, tem o meu investimento.
Polyana nunca passou por aqui, minha história com a realidade é ácida. Prefiro qualquer verdade a meia mentira. Gosto do desafio de lidar com o que é crú e acolher.
Se olharmos para a História, podemos fácilmente constatar que ela se construiu e se desconstruiu por vezes sem fim. A humanidade foi ao umbral e retornou através de suas guerras, seu ódio, sua insana ganância, lideres psicopatas. Mas a natureza de tudo o que há está sempre em busca de equilibrio.
Hoje, conversando com a Rosângela Teixeira ouvi o que fez muito sentido. Ela disse algo como: "Exageramos na inconsciência."
Concordo. Chegamos ao ponto em que desenvolvermos uma consciência mais ampla a respeito da nossa "humanidade" é condição sine qua non. Chegamos ao extremo negativo em relação a maneira como a sociedade se manifesta, valores monstruosos sendo tratados com naturalidade, natureza tratada feito lixo, fome presente num universo que joga comida fora e envenena alimentos. Desconhecimento do nosso mais verdadeiro propósito.
O coletivo existe pq existem individuos. Afetamos uns aos outros, do micro ao macro. Agora, como não apostar numa transformação de tal ordem que restaure a esperança? Chegamos ao limite. Os aspectos e movimentos planetários nos sinalizam tudo isso de maneira quase que insuportávelmente exigente. O chamado é forte e o céu pode sim nos orientar.
Não é suave mas podemos sim mudar de patamar. Sinto na pele, nos pequenos grandes milagres diários, na batida do coração de tanta gente.
São muitos os caminhos, que cada um busque e encontre o seu e siga. Exaure mas junto tem olhar de neblina, tem beijo de verdade que nunca existiu, tem criança crescendo e quero mostrar o mundo que acredito. Que tem suor, tem música linda, um monte de gente claramente sem noção que precisa tomar seu rumo, tem livro, tem violência que é medo, tem violência que é maldade, tem lugares desconhecidos, tem arte, tem banheira com vela e flor. Tem amor que não acaba nunca.
O dia que eu parar de acreditar que dá para ser de outro jeito, eu morro.
E não posso agora, porque tenho coisas a fazer.
Boa noite,
Mônica

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