OLHA PRÔ CÉU TERÇA, 03 de setembro 2019.









Sempre estamos atravessando processos. 

Ou de iniciar coisas novas, nos estabelecermos, criarmos, nos transformarmos, questionarmos tudo, congelados de medo e sem coragem de dar um passo ou elaborarmos um pensamento até o final. Também podemos entrar em quase mania, achando que tá tudo bem, gente! Enfim, tudo sempre pode acontecer.
E da mesma forma que temos o poder de perdermos o controle, temos de nos acalmar. Não é imediato, assim como não foi de uma hora para outra que chegamos ali. Nossos processos emocionais, se eternamente caóticos, podem ceifar oportunidades ou ao contrário, criarem espaço para que muitos conteúdos que desconhecemos ganhem área, consciência.
As escolhas são pessoais, mas o que faz toda a diferença é se somos conscientes ou inconscientes ao fazê-las. Se, estamos no automático, apenas reagindo nossas feridas ou temos clareza do passo dado.
Não é nada fácil e muito menos mágico todo este processo. É preciso boa companhia, de profissionais capacitados, ferramentas eficientes. Sozinhos, não localizamos certas feridas e não temos sequer como lambê-las.
Tenho uma amiga que diz: “Estava com a mão na maçaneta da loucura, quase abrindo a porta”.
Dependendo do gatilho, se bem acionado ou mesmo um toque de raspão, pronto. Abriram-se as catacumbas. Isso não significa que o que tem feito para tornar-se consciente não esteja “funcionando”, mas sim que é muita coisa para ser elaborada, muitos hábitos a serem compreendidos e desconstruídos. Desconstruir hábitos e crenças, se necessário for. Questioná-los, sempre.
Falo um pouco de mim. Se eu sentir que alguém que é muito importante para mim me deixou ao relento emocional, se ausentou mesmo do momento que também pertence a ele, prometo que não apenas enlouqueço como enlouqueço o autor do crime. Dores precisam de acolhimento, parceria. E tudo bem mexermos juntos este caldeirão, não é preciso se isolar a menos que te faça bem.
Isso não me envaidece, mas também não me envergonha. Somos humanos, falíveis, não estou parada e respeito minha história assim como respeito à experiência do outro.
Sou a rainha do recolhimento, quieta, cheia das cavernas. Posso ficar em casa e ninguém saber que existo. Rs* Sou quieta, mas falo muito escrevendo. Desculpem aí, novamente.
O tempo é de intensas mudanças e não é nem preciso estar tão desperto para perceber. Mas, para participar deste movimento interno e que naturalmente afeta o externo o tempo todo e vice versa, é preciso estar muito disposto ao árduo trabalho de tornar nossos conteúdos sombrios conscientes. Meia boca, não dá, sem chance, pois a demanda é muito forte.
Conscientes, somos mais senhores das nossas escolhas, não importa quais sejam, sabemos por conta do que estamos agindo assim e não de outra forma. E isso importa muito.
Nossa infância está na energia lunar, que é reflexo! Lua é útero, é mãe, é o desenvolvimento emocional, oscilações de humor, é a nutrição afetiva, é a autoimagem, amparo, água, o movimento das marés. É lunar o ambiente da nossa infância, as memórias.
E a cada passagem da Lua por um signo, somos afetados de uma forma. A Lua está entrando em Escorpião. Cada um de nós tem Escorpião em algum lugar do Mapa e esta área será mais mexida conforme o signo de cada Lua que faz seu percurso. Então, fora o clima geral, tem a forma com que aquela energia mexe em uma área específica de experiência, em cada Mapa, que é único.
Escorpião é regido por Plutão, Senhor do mundo subterrâneo, morte, transformação e renascimento. Plutão/Escorpião é o caldeirão que ferve baixinho e vai fazendo seu trabalho. A energia aqui é passional, a emoção intensa demais, vai rasgando até chegar ao seu objetivo. Não tem manha, choro nem vela. Tudo é agora, o tempo é já, não enrola. Escorpião é de uma força que faz muita gente arrepiar quando por acaso a pessoa é deste signo solar ou lunar e menciona assim na lata. Claro, existem os “adoradores” de Escorpião solar, por exemplo, eu como muitos estão cansados de saber. Porque em Scorpio nada é superficial. Ele parece águas paradas, parece lago, mas lá dentro é correnteza forte.
Escorpião não teme o lado B da vida. Enfrenta. É preparado para as Sombras, não economiza em busca desta transformação do inconsciente em consciência. De Escorpião lunar, desconheço. Conheço na verdade uma só pessoa que fez um uso tão bom dessa Lua que é inacreditável. Até esqueço que é de Escorpião. Outro dia pedi que ela me ensinasse a ser mais desconfiada. Ah, não vi seu rosto, mas deve ter sido de quase desdém, como se eu não tivesse potencial. Tenho, todo mundo tem! Não é desenvolver a nóia que quero, apenas ser mais conectada em certas evidências. Estou no treino.
A Lua em Escorpião é curativa e pode levar junto os que estiverem interessados nesse processo. Ela cura porque ela vai, mete a mão aonde muitos evitariam e ainda se benzeriam. Nada é tabu, todos os assuntos são possíveis. Mas é claro, que seu lado destrutivo também é potente! E pode te arrastar também. Através de vinganças, ressentimentos, jogos de poder, manipulações, guerra fria 24h por dia. Acorda na prontidão para arrumar uma encrenca e se estiver desavisada e morder a isca, danou-se. Claro que ser de Escorpião ou ter a Lua em Escorpião é bem diferente do que estar sob sua influencia lunar por 56 horas.
Nestas preciosas 56h que se repetem todos os meses, aproveite e coloque seus sentimentos na roda, descarte a energia tóxica acumulada, pense que é possível renovar, fazer de outro jeito mais eficiente e menos doloroso. Por falar em eficiência, o céu por sua vez está muito virginiano, que é exatamente a possibilidade de praticidade, de resolver as coisas através da correta assimilação da experiência. Virgem também é cura, alimentação, saúde. Some à energia de Escorpião e verá a força deste momento.
Quanto mais a gente foge do confronto com nosso mundo interno, trabalho dobrado, tempo perdido. Porque mais hora menos hora precisamos nos colocar em dia. A vida simplesmente exige isso através de confrontos.
A energia do perdão está muito ligada a isso. E não é apagar da memória o vivido e sim não deixar mais que ele domine as suas decisões, o seu comportamento, a maneira como se trata e trata aos demais.
É leve, é libertador, quando se vai ao fundo do poço, quicamos o bumbum e voltamos. Com o impulso de quem chegou ao fundo e está se dirigindo novamente em direção ao que é luminoso e oxigenado. Acontece de parar no meio do caminho? Acontece. Mas em companhia competente, colocar a cabeça para fora d’água é sempre um objetivo a ser alcançado.
Enquanto escrevia este post, me fizeram companhia três gatos e um vagalume! Faz sentido.

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