OLHA PRÔ CÉU ANO NOVO ASTROLÓGICO DOMINGO, 20 de MARÇO às 12h33' HB aos 0 graus de Áries.

 





O Sol iniciará sua travessia pela concentrada chama do Fogo de Áries e tudo recomeça. 


Dia e noite, luz e sombra se fazem iguais em sua duração, e a este movimento solar damos o nome de Equinócio. A palavra Equinócio vem do Latim. Aequus que significa igual e nox que significa noite. 

Acontece então a transição entre Peixes e Áries, entre o último e o primeiro. 

A entrada do Sol em Áries pede determinação, decisão e energia acopladas a um grande propósito. Um novo ciclo rumo a possibilidades de crescimento e renovação. 

A chama ariana, estimula o desenvolvimento da semente que agora surge rompendo a terra com vigor e ávida por novos inícios.   

O que foi remexido agora começa a tomar forma, reformulando tudo, varrendo o que está ultrapassado, provocando rupturas e abrindo caminhos novos.  

A colheita de cada um dependerá e muito, é disso. Do que é que vai ser feito, do empenho, da consciência do que se deseja e do que se é capaz. 

O investimento na jornada não poderá ser qualquer um, será necessário muito mais.   

O humano, em sua grande maioria das vezes, é resistente às mudanças, ao que desconhece. E provavelmente essa resistência tomará vulto no social, na economia, na política e propostas que acompanharem tudo isso. 

Muito trabalho, mas inquestionavelmente necessário. É VIDA que se renova!  

É Áries chegando, coração batendo forte! Áries é o primeiro sopro, a primeira respiração, a primeira olhada para a vida fora do ventre materno. 

Este ano de 2022 nem de perto é ano de certezas. Aliás, elas existem? Alguém viu? 

Mas vamos dizer que o planejamento, seja lá do que for, tenha que ser pensado com uma boa margem para movimentos flexíveis, para lidar com resultados imprevisíveis ou mudanças de rumo quando achava que já estava tudo certo. 

Ô Senhor da Glória, como alguém com levemente sã consciência pode acreditar nisso, me explica? O “tudo certo” é estar receptivo para o que for preciso reajustar! 

Planejamentos que não levarem em conta as tendências e necessidades coletivas estão fadados ao insucesso. 

Isso tem a ver com a imperativa necessidade de mudança de paradigmas que os dois anos anteriores deixaram exposta e em carne viva. 

A insegurança poderá trazer sim muita tensão, pois mesmo em relação ao que sabemos não ter mais potencial de crescimento, existe um sentimento de perda que insiste em fazer companhia. 

Mas é preciso espaço para que se configure a mudança mesmo que em luto. Muitas vezes ouço pessoas dizendo algo como que a sensação, é de um muro intransponível.  

A sensação de agir a mudança. No entanto, a ideia é a existência de pontes, e não de muros ou fossos, cercando e isolando. 

Colocar-se à disposição da dúvida em relação ao que desconhecemos nos abre para a possibilidade de outros valores. 

O ano astrológico que começa agora, será governado por Mercúrio, Hermes, Deus da Comunicação, da troca mental, do racional, do mundo das idéias. Através de Mercúrio nos expressamos, inquietamos nossos pensamentos, fazemos link com os outros. 

Viver o ciclo de doze meses do ano astrológico é uma jornada exigente e que pode construir um novo olhar sobre a existência. 

Quando este ciclo se reinicia, cada um seria beneficiado se fizesse um tour pelas suas percepções e sentimentos em relação à sua história e ciclo anterior. 

Áries, representa o processo de identidade, o reconhecimento do sentido do Eu através da ação. É o despertar das possibilidades, é onde temos de cultivar a liberdade para expressar independência, é onde podemos ousar. A energia de Áries nos pede para sermos fiéis a nós mesmos para podermos aprender a exercitar uma ação consciente em relação ao que para nós representa o sagrado. 

Em 2022, devemos estar longe do que o Ego vaidosamente exige e muito próximos da espiritualidade. O que aprendeu até aqui? Torne este aprendizado a sua incansável prática! 

Por mais que se debata, é o para dentro de si que precisa ir.  Nada pode ser mais ativo do que esse estado de recolhimento no qual deveria mergulhar. Para a maioria isso custa muita energia, são enfrentamentos imensos a serem superados. 

O processo de cura, inicia a partir da consciência de que há muito dentro de si para entrar na roda e oferecer ao coletivo.  
E experimentamos pequenos grandes milagres quando nos deparamos com o desejo de ser e agir, mesmo quando tentam nos envolver numa geleka daquelas grudentas, da pior qualidade. 

Reconheça o milagre da vida em você, o inusitado em cada parte do seu corpo e da sua alma. 

Tudo é transitório, é sábio aceitar. Somos conectados a um grande mistério onde tudo está interligado. Tudo e todos. Cabe decidir se esta realidade é bem-vinda ou intolerável para você. Se vai à luta ou se recolhe. Se vira estátua como naquele jogo das crianças ou gera energia para fazer o que é preciso. 

Não faltarão desafios. Na saúde, na economia cambaleante, nas diretrizes políticas, nas guerras de poder e território. 

As pessoas têm mais fome do que sempre tiveram, estão mais desprotegidas ainda, falta educação, falta teto, falta dignidade, falta trabalho, a crise sanitária e sua administração devoraram o pouco que se tinha e a guerra televisionada joga na nossa cara o que potencialmente cada um pode se tornar. E pelo que deve combater. 

Enquanto isso, é como ficar de pé numa embarcação quando o mar está feito marola, com surpreendentes visitas de ondas gigantescas. Sim, ainda nos assustamos, não é sem motivo e assim seguiremos. 

Alinhave suas experiências e compreenda-as a partir de uma perspectiva para além da matéria. Conecte-se com a sua espiritualidade. 

A estabilidade que tanto busca, não está apenas em solo terroso. Invista nisso, está tudo interligado, não esqueça! Como sempre falo: tudo respira junto. 

O que for rígido, precisará buscar a lenha que acenda sua chama interior, que te expulse da passividade e do que é rotulado de impossibilidade. 

E nada muda sem intenso e concentrado esforço, mas coloque esforço nisso! 

A força está nos relacionamentos que formamos, nos abraços, nos vínculos, na saudade, na falta que faz o intercâmbio com o outro. Seja pelo olhar, seja pela palavra, seja pelo gesto, solidariedade, empatia, compaixão. 

Precisamos de uma nova ordem e de uma nova humanidade que traga o outro para perto e faça com que nos aproximemos, precisamos dar o passo e o abraço salvador. 

O quintal ao qual pertencemos é gigante, global, nele vivemos e somos afetados.  Nosso quintal precisa ser reinventado e cuidado. 

Precisamos da Ciência, da tecnologia, da gentileza. De liberdade, autonomia e reencontrarmos nossos recursos, pessoal e coletivamente. 

Em todo canto, o que é conservador disputará espaço com o que se rebela para poder experimentar o novo em tudo. 

Na forma de se viver, na Educação, no exercício do trabalho, no que escolhemos como alimento, no que consumimos, nas ideias enlatadas que compramos sem questionar. 

O mar está mexido, é tenso. E as dores da nossa alma e da nossa impotência serão manifestas e tudo isso faz um barulho danado. A ideia não é um daqueles grandes empreendimentos piscantes. Mas de um modo de vida que comporte e proteja com dignidade as diferenças, valores, direitos. 

Temos um futuro a ser construído e isto é uma grande oportunidade de evolução para nossa ignorância, arrogância, soberba, cegueira, egoísmo, indiferença, pensamento estreito, pouco criativo, rígido, medroso. 

“Quando é que tudo isso vai acabar?” é a pergunta que nunca se cala. 

E o que tenho a dizer, a partir da observação do céu e das minhas acrobacias pessoais é que as coisas começarão a ir ao lugar contemplado quando nós adquirirmos a consciência de que é preciso estarmos no mundo de outra maneira e sairmos então desse rascunho infinito e mortal. 

Eu sei que se espera uma resposta diferente, mas ela não existe. O nosso estar no mundo depende da construção do que faremos. 

Que o desejo de saúde, justiça, paz e crescimento contagie a todos ao ponto de tornar-se uma realidade e não apenas boas e rápidamente esquecidas intenções. 

Que o seu coração descompasse diante da ideia de que é necessário, urgente e possível renovar o que atinge de maneira tão perversa tantos e tantos e tantos. Que tentam encontrar um espaço nutrido, abrigado e  seguro no nosso planeta para que possam ser, estar e se desenvolver. 

Não existem monstrengos escondidos debaixo das nossas camas, existimos nós e as nossas escolhas. 

O Planeta Terra segue em alerta máximo. 

FELIZ ANO NOVO!
Amém nós todos,  boas escolhas e coração que reverbera e amplia VIDA. 

Mônica Bergamo

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