Repleta de si, atravessando Virgem e prateando escuridões.
A tendência, pelos seus tons virginianos é racionalizar e tentar resolver tudo através do pensamento, da análise, da crítica, encaixando cada coisa em seu imaginário escaninho.
Mas ao fazermos isso, ceifamos a possibilidade de nos tornarmos permeáveis ao que ela sugerir. A vida não negocia aí, não aceita energia estanque e águas empoçadas.
Mantenha-se receptivo ao que ainda desconhece e afrouxe as rédeas do controle. Sente que é possível? Experimente.
Crie esta imagem dentro de você: vem vindo uma onda que foi se formando lá atrás. De alguma maneira ela te convida a integrar-se a ela e seguir seu movimento.
Você até já ensaiou fazer isso, mas agora, é possível que se sinta mais preparado. Não é preciso ser exímio nadador, mas deve saber flutuar e não se desgastar tentando remar contra a maré. Acalme-se.
Ela vem mudar várias coisas de lugar, fato.
Algumas, rapidamente se sentirão confortáveis, como se sempre fossem dali. Já outras, poderão resistir bravamente.
Mais uma vez eu sugiro: experimente o que desconhece, e poderá se surpreender com harmonias inesperadas. Exatamente ali, onde a pressão parecia ganhar uma força interminável.
Preste especial atenção ao seu movimento interno e também aos acontecimentos no seu mundo externo, até a próxima Lua Nova.
O que está acontecendo com a maneira com a qual cuida da sua existência? Está de acordo com o que de fato quer? Não veio a passeio, você há de se lembrar disso.
Caso não se lembre, aposto que vira e mexe a vida chega bem mais perto e sem cerimônia tira este atraso.
Tente diferenciar o essencial do supérfluo, dentro e fora. Alinhave pensamentos a uma ação eficaz. Não planeje apenas, faça.
A Lua Cheia em Virgem exige. Mas não o que você não está pronto para oferecer.
Ela apenas te lembra de que não é tempo de mimimi e que você tem coisas a oferecer a si e aos outros. Não, ela não é dura.
É que às vezes precisamos de um “presta atenção” para nos colocarmos em movimento e fazer aquilo para o qual já estamos prontos há tempos.
Ninguém está dizendo para escolher A ouBb, preto ou branco, transparente ou opaco, frio ou quente, áspero ou macio, exagero ou escassez, sagrado/profano.
Mas sim para integrar o que pode tão bem se complementar.
Individual e coletivo estão em chamas, é preciso encontrar um novo norte e parir o que semeou no recanto mais profundo da sua Alma.
Mônica Bergamo
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