Pois então, Marte leva este período de aproximadamente dois anos para completar seu ciclo. E existe o “esquenta” deste momento, que começa vários meses antes.
E é o famoso momento dos “Terrible Twos” em que a criança através de um comportamento exagerado, barulhento e incessante, na maioria das vezes sem controle, desafiador, experimenta pela primeira vez a independência e a imposição em relação ao exercício de sua vontade.
Ela se experimenta de todas as formas até chegar ao seu equilíbrio, mas até lá muito tumulto acaba sendo vivido, principalmente porque os adultos não compreendem o que está acontecendo e rotulam de birra.
E ela vai lutar para se experimentar de todas as formas porque isso é parte saudável do desenvolvimento do exercício do seu poder de ação no mundo.
Este impulso de fazer as coisas do jeito dela ou o desejo desmedido também a desnorteia, as crises de choro, gritos, socos e pontapés voando, parece o fim dos dias de paz.
Hoje já existem estudos que demonstram com reconhecida consistência que este momento faz parte do desenvolvimento neurológico da criança. Alguns, até nomeiam de mini- adolescência.
Marte retorna ao ponto em que estava
no mapa de nascimento a cada 22 meses aproximadamente, mas o primeiro é certamente
um dos mais significativos.
Imagine
a importância destas primeiras investidas, que podem delinear o futuro
comportamento da sua criança em relação à confiança em si mesma!
Geralmente
nesta idade, demonstra interesse em relação ao desfralde, que é um grande passo
em relação à tão almejada independência.
Cansa? Ôpa se cansa! Dá vontade de “deitar-se no meio da rua com a saia na cabeça”, como dizia uma amiga e gritar para que o Universo venha te resgatar e levar para longe, não é mesmo? Mas sabendo o que está acontecendo temos maior possibilidade de viver cada fase de maneira mais harmoniosa e menos cansativa.
Ficar perdida no olho do furacão, ninguém merece. Estaremos no olho do furacão de qualquer maneira, mas conscientes do que se trata e de que vai passar. Juropeladeusaquepassa. Quem tem mais de um filho ou mesmo um filho mais velho sabe disso.
E quanto maior o entendimento, menos desgaste, menos fio desencapado, dos “nervios” dando choque na existência já transbordando de pontos de interrogação.
Questionamentos do tipo: - “Aonde foi que eu pisei na bola de maneira tão forte a provocar toda esta desarmonia?” E tudo isso acompanhado de cansaço emocional, culpa, frustração. Você olha para aquele que até então era seu bebê e não reconhece a usina de teimosia em que parece ter se transformado.
A luta desta criança, que também não passa por um momento nada fácil, é de autoafirmação e coragem. Tudo isso acompanhado de escândalos inesquecíveis regados pela palavra NÃO.
Tudo ao que a criança se recusa, é um esforço de experimentar o próprio poder. E é aos poucos que estas emoções vão se modulando, pela maturidade do sistema neurológico e construindo uma maneira mais harmoniosa de se viver.
A maneira como os pais lidam com esta fase é muito determinante como influência da maneira como cada um vai investir na sua independência dali para a frente.
Marte, representa a nossa capacidade
de afirmação, a nossa iniciativa, como vamos
atrás do que desejamos. Marte é competitivo
e não raro certa agressividade de estende a outras crianças provocando mais
momentos saia justa. Mas lembre-se: todos já vivemos este momento. Ele é
natural e dispensa rótulos depreciativos que acabam por minar a autoestima da
criança.
Aliás, o convívio com outras criança,
a entrada na escolinha desde que haja liberdade e espaço para despressurizar, costuma
ser bem positivo. A socialização tira o peso deste momento e é uma boa fonte de
gasto de energia. Fora isso, num ambiente coletivo, existem limites mais claros
e menos emocionados a respeito da aceitação de comportamentos mais desmedidos.
Muitas vezes, queremos tanto que esta
situação se acalme, que acabamos por reforçar este comportamento com uma
atenção excessiva, mesmo que não estejamos conscientes disso.
Ela precisa mais do que tudo
sentir-se segura do amor de vocês para expressar sua necessidade exagerada de
se impor e contrariar, mas ao mesmo tempo é preciso que aos poucos, seja construída a adequação.
Conhecer
o Céu da sua criança é poder compreendê-la e respeitá-la. Investir em seu desenvolvimento emocional e e criar harmonias.
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